quarta-feira, agosto 30, 2006

Surpresas..., ou talvez não

Épocas especiais exigem medidas especiais. Com o aperto dos prazos entram em campo outros jogadores que trazem outros métodos e exigências. O tempo dirá se a entrada nesta fase é producente ou não. Demasiados hábitos já estão instalados, e sobretudo alterações profundas ao que foi inicialmente previsto. Juntando a isto as documentações actualizadas não existem. Estamos em Portugal, nada disto deve ser surpresa.


Prevejo no entanto que o sentimento entre as massas seja semelhante ao que passa em filmes policiais americanos. Policia da terra onde o Judas perdeu as botas fica lixado quando o FBI ou a policia estatal toma conta do caso.


O problema aqui são os choques de culturas. Uma postura estilo “tá-se bem, mas stress pra xuxu” Vs uma de “sentido, firme”.


Só se identificaram as necessidades quando a noiva já ia no altar, e agora, mais do que nunca, o processo tem de resultar a qualquer custo. Porque não foi feito assim desde o ínicio só se explica com um voto de confiança dado a quem levantou a mão e afirmou que era capaz de fazer e agora não está a ser cumpridor da sua palavra. Como dar a volta ao texto é a maior tarefa no presente. Vão existir pressões para se cumprirem prazos, para que as falhas sejam mínimas ou nenhumas.


Estou a optar por cumprir o meu papel e confiar que os outros façam o mesmo. Numa estrutura bem construida, existe quem trate de coordenar, e quem desenvolva efectivamente os esforços. Alterar esta regra requer equipas muitissimo competentes, em que cada um é capaz de planear, executar e integrar o seu trabalho com os restantes colegas. Qualquer um que falhe leva ao caos, em grande parte porque não tem ninguém a quem prestar contas. Ou seja, ninguém manda.


Considero vital a implementação de uma pirâmide hierarquica em qualquer força de trabalho. Mais ou menos vertical, isso vem de acordo com as capacidades do colectivo, ao nível técnico e emotivo.

É necessário saber distinguir entre o que se passa em contexto de trabalho e fora. Podemos exigir, ou exigirem de nós, mas cá fora tudo isso deve ter passado para segundo plano. Desligar é das coisas mais dificeis que já tive de fazer, e quando me é impossível, tal deve-se a sentir-me injustiçado. Não me podem fazer pior do que ser acusado injustamente, ou não me reconhecerem o esforço desenvolvido. Felizmente não é uma situação frequente.


Veremos o que os próximos episódios trazem, e que mudanças surgem. Porque se não existirem, o melhor é meter a viola no saco e partir em busca de um sitio onde pelo menos aceitem a ideia de organização.

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