O fim de um Sábado perfeito

Para quem gosta de passear por sítios bonitos, nada melhor do que uma companhia agradável. Foi o que aconteceu neste Sábado, em que apesar de o bom senso ditar uma permanência na cama, acabei a visitar alguns dos meus locais preferidos.

O melhor de tudo é quando levamos conosco uns olhos para quem esses locais são novidade. Olhos que pela primeira vez experimentam a sensação de ver alguns dos locais mais bonitos deste planeta, e que me trazem à sensação que tive quando os vi também pela primeira vez.

Passeio pela praia deserta pelo frio do Inverno, quando tudo parece ser nosso, o cheiro a maresia, o ar salgado e a areia fria... Não existe nada que se lhe compare. Assim foi Sesimbra pela manhã.

Uma descida à gruta junto ao Portinho da Arrábida libertou novas sensações de serenidade e espanto pela beleza natural e ainda semi-selvagem. Toda a paisagem envolvente faz esquecer a correria da cidade, as pressas que nos complicam, e as responsabilidades que nos obrigam a estar em permanente estado de alerta. A baía do Portinho foi também ela tudo isso e mais ainda. O Sol amenizou o vento frio que ocasionalmente se fazia sentir.

Almoço e de seguida para Palmela onde o Castelo foi o ultimo destino do nosso passeio. Do alto da torre, a vista coroou um dia relaxante.

Durante todo este passeio foi uma delícia poder ver os olhos brilhantes da minha amiga enquanto lhe dei a conhecer um pouco deste Portugal.

De volta a casa sã e salva, cumpri por fim a minha promessa de proporcionar um dia descontraído a quem estava a precisar bastante de o ter. Espero vir a ter mais chances de mostrar sitios destes a esta amiga tão especial. Deitei-me com um sentimento de conforto e bem estar. Também a mim o passeio fez muito bem.

Obrigado pela companhia, minha querida amiga.

Como bónus adicional, hoje, enquanto escrevo isto, a Natureza mostra mais uma das suas faces. Em contraste com o Sol de ontem, chega hoje um pequeno nevão inesperado e bastante invulgar por estas paragens.

No Portinho, uma homenagem ao poeta e professor Sebastião da Gama continha um dos seus versos que terminava assim: "... O segredo é amar." Uma bonita frase que dá que pensar.

Alea jacta est

Tenho andado a negligenciar o meu espacinho na net. Esta fase até foi bastante complicada, final do ano, balanço do que passou, decisões a tomar para o futuro, o costume.

A coisa está estranha, e lá vou eu novamente enfrentar um dos meus receios. Esta coisa é um bocado vampiresca... receio-a mas ao mesmo tempo desejo-a com tanta intensidade que não consigo abandonar a ideia.

A chegar aos meus 30 anos (cruzes, já??), é tempo de deixar de lado os receios que me travaram no passado e reconhecer que existem hoje condições que nunca antes tinham sido reunidas. Paz, serenidade, um espaço meu, e liberdade em relação a críticas destrutivas.

Como infelizmente hoje em dia já nenhuma formação é garantia de emprego na área que gostamos, tenho de manter presente que ainda que conclua o curso que pretendo com bom aproveitamento, tal pode não passar da concretização de uma meta pessoal. O culminar de um esforço para levar a cabo um sonho que me tem perseguido à tantos anos.

A certeza de que tenho capacidade para conseguir vencer os desafios tornou-se fonte de uma frustração ao perceber que não teria as condições minimas para poder entrar na luta.

Estou frente a uma série de sub-tarefas que terei de realizar até chegar à prova de fogo: o exame nacional de matemática, pesadelo materializado de tantas alminhas por esse mundo.

Mas falta-me conseguir orientação para tal. Sei onde a vou encontrar, mas porque não me dirigi lá ainda? Estarei a protelar um compromisso que deverei assumir se quiser seguir nos meus propósitos?

Existe uma pequena questão a resolver ainda no inicio desta semana. Nada de impeditivo, mas que tem a sua importância. E esquecer que é preciso coragem. O que é preciso é fazer, lançar de cabeça e... alea jacta est... a sorte está lançada!