terça-feira, agosto 22, 2006

Chegada ao Inferno


As trombetas do apocalipse já o faziam prever, o Inferno chegou. É o fim do mundo em cuecas, ou quase. O cisne já vai limpando a voz para cantar, mas como se costuma dizer, até ao lavar dos cestos ainda é vindima.

É sempre triste assistir à derradeira hora de uma empresa, cujos elementos tanto se esforçaram por um projecto que neste momento só um milagre pode salvar.

Os erros a que assiti foram imensos, ou então é apenas porque profissionalmente cresci num ambiente completamente diferente. Habituado a regras e a uma figura de liderança, trabalhar com rédea solta e quase total liberdade é estranho para mim.
Estranho e os resultados estão à vista. Descoordenação, a informação não se centra numa pessoa que depois delegue funções, redundancia de tarefas, enfim... tudo maus exemplos que não recomendo, mas que infelizmente são comuns de se encontrar por aí. Provavelmente encontrarei o mesmo no proximo sitio em que trabalhar.

Para que S. Jorge mate este dragão já começa a ser necessária intervenção divina.

Faz-me lembrar os filmes sobre guerras passadas em que as tropas aguardavam com ansiedade a ordem para atacar. Com a certeza de que muitos não iriam voltar, o mais agonizante era a espera. Fora do contexto militar nunca esperei vir a sentir isto. Mas como a vida é uma caixinha de surpresas, toma lá que já almoçaste.


Também não esperava sentir um dever patriótico em relação a nenhuma tarefa na vida civil, mas mais uma vez a vida dá voltas com as quais não contamos. Estou em risco de voltar para a fila do desemprego, mas adivinho que não deve tardar muito até que alguns milhares se juntem a mim à conta de um projecto que a meu ver, falha por uma única e grave razão: excesso de confiança.

1 comentário:

Anónimo disse...

pois e o excesso de confiança pode matar,vemos isso em td e mais alguma coisa seja nos jogos de computador como na vida real e as vezes a intervençao divina nao chega a tempo de salvar ou ajudar a situaçao, vemos isso em certas guerras ke ouve nao me lembro de nehuma exactamente mas ke as ha, ha.